sábado, 17 de janeiro de 2009

Meme

Fui indicado pelo blog “Da fenomenologia à Ontologia hermenêutica” - http://sobreminhamente.blogspot.com/

As regras do Meme são as seguintes:

1. Linkar a pessoa que te indicou.
2. Escrever as regras do Meme em seu blog.
3. Contar 6 coisas aleatórias sobre você.
4. Indique mais 6 pessoas e coloque os links no final do post.
5. Deixe a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela.
6. Deixe os indicados saberem quando você publicar seu post.

Lá vão os seis detalhes aleatórios sobre mim:

1. Penso como uma pessoa gorda
2. Gosto de pensar que tenho muitos motivos para sofrer
3. Um dos meus maiores prazeres é pisar em uma terra cheia de pedrinhas e escutar o barulhinho. Huuuummmm...
4. Não entendo o porquê da minha vida
5. Muitas vezes não sei o que escrever no meu blog
6. Tenho 1000 objetivos, poucos deles reais, por isso ando meio ao sabor do vento, pagando para ver onde vou parar.

Os seis blogs:

A caixa selada [http://acaixaselada.blogspot.com/]

Blog do Comendador P... mais Garcia Marquez que eu conheço [http://baixofalante.blogspot.com/]

Zine colorido [http://chavescamila.blogspot.com/]

O Furico a uma dedada de distância [http://www.furicoonline.blogspot.com/]

Blog do Gordinho [http://cognitivoj.blogspot.com/]

Laila A-Razzo [http://www.razzo.blogger.com.br/]

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Filosofia Culinária

Rooooonc. Seu estômago roncou tão alto que quase abafou a frase do professor. Na verdade, todas aquelas palavras já não faziam tanto sentido...

Forçou-se a prestar atenção na aula, mas como por birra, seu cérebro desviou rapidamente o pensamento para um restaurante qualquer, sem que o dono do corpo sequer notasse. Márcio conseguiu voltar a si, bem a tempo da próxima frase do mestre:

Não resta dúvida de que todo o nosso conhecimento começa pela experiência – disse confiante o homem, enquanto levantava os óculos que já escorregavam para a metade do nariz. Encarou a turma, entusiasmado e provocativo, como se esperasse uma tempestade de questionamentos em plena uma hora do sábado.

Márcio não fez tão pouco do professor quanto a maioria da sala, que se distraia a qualquer ruído de folha de papel caindo no chão. Mesmo porque seu estômago não parava de protestar. Não sabia do que o professor estava falando, mas não era de comida! Isso não era.
Que outra explicação haveria para uma frase como aquela? Isso é bem filosofia, pensou. Ficou ensimesmado, pensando que os filósofos só poderiam ser loucos, ou então se faziam. Era só começar pelo arroz, para perceber que aquilo não estava muito certo.

Ora, ora. Que experiência poderia ter levado ao conhecimento daquela receita de arroz Maria Isabel, que ele tanto amava? Com certeza não havia sido nenhuma experiência sensível. Era só imaginar o homem pré-histórico, ou sabe se lá quando descobriram o arroz. A questão é que, de longe, o arroz cru era muito sem graça. E, para falar a verdade, de perto também.

Imaginou um homem entrando num terreno alagado e se deparando com aquelas plantinhas franzinas. Ele ia passar direto até que, curioso, resolveu mexer em uns pontinhos amarelos que pareciam conchinhas. Pegou uma e apertou na mão e, para sua surpresa surgiu um pequeno grão, meio amarelo meio esbranquiçado. Levou à boca sem muito animo, era mais pra sentir do que realmente a crença de que aquilo pudesse algum dia servir de alimentação.

Mordeu devagar e depois um pouco mais forte. O grão se partiu em dois e ficou dançando pela boca. Um escorregou logo pela faringe, mas o outro achou de encontrar um buraco em um dente cariado e ali se instalar, sem o menor jeito. Foi uma explosão de dor e uma experiência traumática...

O barulho das cadeiras arrastando fez Márcio despertar. O professor encerrara a aula e muitos alunos já estavam atravessando a porta. Olhou o professor arrumando sua bolsa para sair também e se perguntou se valeria à pena argumentar. Achou que não. Na hora do almoço ele entende.
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