domingo, 27 de junho de 2010

Filmes ridículos


Amo e odeio filmes românticos. Amo porque acho que eles (os bons, pelo menos) são super fofos, engraçados e uma ótima forma de diversão. Odeio porque a maior parte das tramas se resume a problemas simples, que, se eu estivesse lá, resolveria em menos de uma hora e meia.

Sabe aquela desconfiança que poderia ser resolvida por uma simples pergunta direta? Ou então aquele mal entendido que desapareceria se um deles quisesse ouvir o outro lado? O mais ridículo são as ameaças que obrigam as pessoas a agir de outra maneira e que elas se recusam a revelar por medo, sem parar pra pensar que se elas não nutrissem aquele medo, metade da ameaça já teria sido anulada. Revolto-me na cadeira, mas a única ação que posso tomar é fazer cara de desconforto e esperar o filme acabar bem, o que ocorre depois que uma das pessoas resolve confessar tudo. Dá vontade de dizer: “Viu como foi fácil?”.

É óbvio e muito irritante pro telespectador, mas, para o personagem, está longe disso. Hoje, eu sou essa personagem. Burro, idiota e que pensa que tudo é tão óbvio que a última coisa que deveria fazer era falar.

Falar o quê, aliás? Não tá na cara que eu só queria que você demonstrasse um pouco mais de carinho? Não repeti isso mais de mil vezes? O que custa abrir mão das críticas e perceber que tem uma pessoa aqui com o coração trincado? Sabe aquele dia que você me ligou mais de quatro ou cinco horas depois que eu tinha te dado um toque? Eu só queria rir e te falar que hoje era domingo. Não que você não tenha calendário ou TV. É que domingo é o dia que você faz mais falta que nunca. Que eu poderia só insistir pra assistir aquele filme água-com-açúcar que começou esse texto em vez do filme do homem elefante que a gente nunca terminou. O domingo em que eu poderia querer mexer no photoshop e colocar algumas fotos na internet, mas que você não deixaria, pois você “só vem aqui pra me ver”. No telefone, só queria achar ou sentir, que, afinal, meu domingo não tá assim tão vazio.

Mas o meu vazio, não dá pra preencher em 10 minutos.

“Tchau”

“Beijo, te amo”.

4 comentários:

Camila Chaves disse...

mas que vontade de chorar...

queria poder falar alguma coisa, compartilhar algumas situações parecidas, mas por não saber por onde começar, expresso ali naquela primeira linha o que senti enquanto lia teu texto.

um abraço, seane. e fica bem.
de coração.

Franck disse...

Que texto saboroso, apesar da minha perplexidade caminhar na msm direção em relação aos domingos. Lembrou algo que escrevi sobre um outro domingo:...'as noites nubladas de domingo são boas para debruçar-se à janela, procurando luzes móveis pelo céu e nos sentirmos sereno, nos conceder o perdão por termos sido tão medíocres, mundanos e hipócritas'...
Uma boa semana! Seguindo vc!

Unknown disse...

fala seana! ando meio sumido dos blogs mesmo... faz tempo q nao tenho uma ideia para postar...

vc estava meio sumida tambem, a proposito hehe

entao, aquele outro blog la eu criei achando q algumas pessoas achariam interessantes ou perguntariam algo.. sei la, qualquer besteira q fosse, mas nem rolou hehe... entao ele anda meio abandonado...

o blog atual por sinal tb ta meio abandonado, mas eu vou voltar a ativa logo mais... rs
bjos

Unknown disse...

fala seana! ando meio sumido dos blogs mesmo... faz tempo q nao tenho uma ideia para postar...

vc estava meio sumida tambem, a proposito hehe

entao, aquele outro blog la eu criei achando q algumas pessoas achariam interessantes ou perguntariam algo.. sei la, qualquer besteira q fosse, mas nem rolou hehe... entao ele anda meio abandonado...

o blog atual por sinal tb ta meio abandonado, mas eu vou voltar a ativa logo mais... rs
bjos

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