sábado, 19 de abril de 2014

Copacabana, Dream

Copacabana, meu bem. Copacabana dreams. Às vezes esse nome fica se embaralhando na minha cabeça. E só penso em como nunca aquela terra me cativou. É um sonho. Eu sei. Mas talvez não seja o sonho que eu sonhei. Ou talvez eu não seja sonho.

Copacabana é o sonho de Natércia. A escritora que você não conhece. E que eu pouco consigo entender. Acho que deve ser o Rio e os devaneios boêmios que só existem lá. (Os que existem em São Paulo são fingimento. Ou saudades). Um sentimento carioca que eu nunca consegui abraçar.

Você fica perplexo quando escuta essas coisas. Eu sei. E fico imaginando cada lugar daquele sonho que você agora saboreia mentalmente. Imagino como você lembra de Copacabana...

Sabe, me peguei sentindo saudades da Avenida Atlântica. Lembrei do cheiro do mar e do gosto do chope. Dos bares na calçada, das lonas, das ciclovias. Quase confundi todas as lembranças com afeto, mas então percebi que não era o cheiro, a vista ou a vida em Copacabana que me aquecia o coração.

Eu podia trocar a praia. Eu podia trocar o bar. Não precisava ter pastel de feijoada. Podia mudar o cheiro e o trânsito. Podia não ter ninguém correndo. Não faria diferença o sol ou a chuva. Só o que me importava era o tempo não passar.

Mas o tempo só para no milésimo de segundo em que a gente se invade. Para logo em seguida voltar a caminhar. E me deixar indecisa entre a vontade de te amar e a aflição de te perder.

Esqueço a paisagem. Ela é só um adereço extravagante, se eu não tenho sempre você.


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