terça-feira, 6 de outubro de 2015

A experiência não é irrelevante, eu que sou

Eu tô cansada
De quê?
Da experiência...
 Como assim?
Não sei... Eu olho pra todas as minhas últimas relações e percebo que só mergulhei nelas pela experiência
Hmm... A experiência valida tudo, né? Mas se não for pela experiência pelo que mais?
Não sei... Mas chega uma hora em que dói demais!
O que você tá sentindo?
Me sinto irrelevante... Vivi momentos incríveis com algumas das pessoas que passaram pela minha vida. Sei que nunca fiz nada unicamente para o bem dos outros, não é disso que eu tô falando. Tô falando de me entregar, de querer que tudo seja real...
– Ei, mas isso não é ruim!
Não, é a única forma possível. Pra mim... Mas agora me sinto cansada, exausta. É como se esse tempo todo, eu tivesse fingido ser a prova de bala, mas eu não sou.
Por que cê tá falando tudo isso?
Ah, me peguei pensando no Rafael, e no Pedro e no Fernando. Principalmente no Rafael. Não posso dizer que me doei pra ele. Mas abri a porta da minha casa, deixei que ele fizesse parte dos meus dias... Achei que dali sairia alguma coisa duradoura...
Cê queria namorar?
Isso é que é engraçado! Não, não queria. Eu nunca sei o que eu quero, para ser bem sincera, mas definitivamente eu não queria ser irrelevante. Não queria que as pessoas que passam pela minha vida, que se divertem comigo, que acabam descobrindo minhas falhas, minhas lutas e meus medos, simplesmente fossem embora. Eu tô cansada desses relacionamentos que não deixam nada.
Mas eles deixam a experiência.
É... Mas me pego pensando sobre a necessidade dessas experiências. Elas são vazias, elas não me ensinam nada! Será que preciso colecionar mais algumas dessas? Eu sei que sou nova e ainda não fiz nem metade das coisas que gostaria de ter feito, mas essa lógica da experiência que valida todo e qualquer comportamento imprudente tá me esgotando...
Acho que isso é só carência.
Concordo, é carência. Mas talvez seja algo pior...
Insegurança?
Sim. Sabe, às vezes me pergunto se não estou esperando que os outros me façam sentir especial porque eu mesma não consigo me sentir assim. Mas, em termos de sentir que você importa ou não pros outros, acho que parte muito do outro mesmo e não tem mantra de autoconfiança que compense o fato de ele saber que eu vou embora e permanecer em completo silêncio...
[...]
Eu só queria achar que entrei pra lista das pessoas pra quem as pessoas com quem me relacionei mandam mensagem de Feliz Natal. Que merda!





8 comentários:

Anônimo disse...

Desfaça esta necessidade, não deixe seu ego falar em nome de ti. Tu poderás causar maior relevância a outrém, somente no momento que tu realmente compreender que a felicidade e importância, respira e reside em ti. Seja tudo para si, transborde e observe. Silencie sempre que necessário e tenha como fiel companhia uma boa dose de paciência. Tu perceberás que a energia que tu desprende em algumas coias, são desnecessárias. Tu és a pessoas mais importante que tu conheces, perceba isso, sinta e exale desta pureza, que lhe preencherá.

Barbara disse...

não sei se me identifiquei pelo geral ou se eu identifiquei traços de conversas nisso. fico com a primeira opção, pela primazia da ficção sobre a realidade.

mas esse lance de "experiência", como me interessa pensar sobre!

Seane Melo, Secoelho disse...

Acho que dessa vez a ficção perde um pouco e os traços de conversa estão bem presentes sim (no texto que tinha começado a escrever ainda mais!)

Acho que você devia escrever algo sobre isso! Ia ser tão lindo!

Seane Melo, Secoelho disse...

Acho que dessa vez a ficção perde um pouco e os traços de conversa estão bem presentes sim (no texto que tinha começado a escrever ainda mais!)

Acho que você devia escrever algo sobre isso! Ia ser tão lindo!

Anônimo disse...

Você é linda! Queria deixar um elogio para alegrar o seu dia, você parece meio tristinha no Snap.PS: Você ficou uma graça de coelha por lá.

Unknown disse...

Você está mudando. Física e psicologicamente você está se transformando em uma mulher. As necessidades também mudam. A natureza segundo os gregos é regida pelo princípio da necessidade as coisas são do jeito que são porque era a única forma de elas serem. A maça quando amadurece cai. Você está saindo da concha e se tornando outra coisa. Tipo Metapod evolui pra Butterfree (pokemon). Lentamente está abandonando o "eu" passado e construindo um novo. Um novo mundo está surgindo pra você. Sua visão estava embaçada até alguns anos atrás agora tudo lhe parece novo. Tudo faz sentido. As conexões estão presentes (nada era coincidência). Quando você se perguntou será? Era. Não pode ser? Era. Por isso a vontade de ter tantas "experiências" é bom senti-las mesmo que sejam ruins. Melhor voltar da guerra sangrando do que derrotado. Você tem uma coisa que me chama a atenção (seu sorriso é sexy).

Anônimo disse...

Incrível como as pessoas acham que pelo fato de a autora estar expondo sentimentos em textos, ela esteja se sentindo carente, sozinha ou deprimida.
Acho que a Seane prefere ver comentários a respeito de seus textos, se são bons, ruins, se as pessoas estão achando engraçados ou emocionantes.
Essa paquera que rola eventualmente pode até massagear o ego dela, mas ela provavelmente fica mais feliz quando falam da coerência do seu texto do que da beleza do seu sorriso.
Então, apesar de ocorrer tudo de maneira respeitosa, ela eventualmente vai ficar chateada quando alguém compará-la a um pokemon (oi? hahahaha). Mas no final ela vai dar risada disso tudo, respondendo a todos educadamente.
Não sou amigo da Seane, nem a conheço pessoalmente, mas vamos ter noção aí galera. É lógico que um blog como este acaba se tornando uma vitrine, e é impossível dissociar a imagem da autora de seus textos. Mas comparar a menina a um Metapod? kkkkkkkkkkkkkk

Seane Melo, Secoelho disse...

Como é que eu posso dizer para alguém anônimo que eu mal o conheço, mas já considero pacas? <3

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