Você disse que eu tinha gosto de sexo. Pouco antes de me
beijar com ainda mais vontade. Sua boca dizia que me queria. Queria ahn m - hum - uito. Mas o seu corpo parecia
assistir um filme de Sofia Coppola. Sua mão soltou um pouco a pressão no meu
cabelo e foi direto ao assunto.
E eu não entendo o que acontece nesse ponto. Pararam o
filme, a cena mudou e nada aconteceu. Eu estou pelada e tiro sua última peça de
roupa. E os seus olhos são turvos. Não consigo te achar. Não consigo me achar
em lugar nenhum.
Eu vou acreditar em tudo. Prometo para você. Ai de mim se
não acreditar. Quem seguraria essa autoestima? Você ri, passa a mão no meu
cabelo e me dá um selinho seco. Não diz nada. Nada. E eu não sei mais quem está
desamparado.
Vem juntar os pedaços. Não me deixa tentar montar o
quebra-cabeça cujas peças você me escondeu. Eu estou nua. Pode me contar. Fala
o que você pensa. Mesmo. Os problemas estão lá fora ou entre nós? Me explica.
Sinceridade, nua e crua.
Eu estou nua, porra.
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