terça-feira, 5 de novembro de 2013

Àqueles que não merecem meu amor

Quando você disse que não merecia meu amor, apenas virei para o lado e sorri com desdém. 

Naquele momento, eu queria ter perguntado: você acha que o meu amor vale mais?

***

Vale mais que o Oscar, o Nobel, o dinheiro e todos os prêmios que voce fantasiou um dia ganhar? 
Vale mais que o sucesso, o reconhecimento ou a riqueza que todos desejam para si mais ou menos secretamente? 
Vale mais que a família tradicional, a esposa bonita, os filhos talentosos e o bom emprego que você queria encontrar no seu futuro? 
Ou mais que as viagens a realizar e o grande conhecimento que você queria possuir? 
Vale mais que toda a felicidade que você aprendeu a desejar desde que teve idade para pensar no futuro? 
Vale mais que todas essas coisas que você intimamente acha que merece?

Não se faça de rogado. Não diga que não merece nada. Você acha que merece tudo isso apenas por ser a pessoa boa, que você mais profundamente que qualquer outro sabe que é. (Afinal, todo mundo é bom na sua própria perspectiva. Por que no nosso mundo conseguimos justificar qualquer ação ruim que um dia possamos ter feito). 
Vamos... Você é melhor que muita gente! Vai dizer que nunca pensou isso?
E agora? 
Ainda acha que esse amor, que você acha que conhece, é algo tão longe do seu merecimento? 
É superior até mesmo à felicidade?
Não, né?

***

Mas, após de um minuto de pensamento, eu apenas resumi. Com outras palavras, exclamei que não existia covardia maior que culpar uma suposta superioridade do outro:

- Então vai se fuder!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O erro

– Ele é que devia ser um louco! – Ele disse sem acreditar na história que ela acabara de contar.
– Você acha mesmo? – Ela perguntou insegura, mas se sentindo já um pouco melhor por dentro. – Estou me martirizando há tanto tempo por isso.
– Você realmente acha que errou?
– Não e Sim. Talvez eu devesse ter imaginado... que estava mandando todos os sinais errados...
– Não é bem assim, vamos. Relaxa, ele é que deve ser louco.

Ela sorriu. Começou a gostar dele. Há muito tempo não encontrava alguém que conseguisse tirar o peso das suas costas.

Beijaram-se.

Ela sorriu. Tinha esperanças que ele fosse a resposta para tudo e a solução para os seus problemas. O fim dos dias de remorso.

Transaram.

– Tem certeza que ainda não me acha louca? – tentou parecer irônica.
– Não. – Ele sorriu e deu um beijo no braço esquerdo dela, que ainda repousava ao seu lado na cama.

Você pode falar isso pra ele?


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