sábado, 29 de março de 2014

A contragosto

Era uma vez uma mulher que te prometeu amor. Quando tu estavas sozinho e tranquilo, Joana apareceu como uma chuva inesperada de verão. Enrolando os braços no teu pescoço, dando beijinhos no teu cangote, derretendo no teu peito e sussurrando ao teu ouvido: “vou te dar tudo, tudo”. 

Mas Joana foi embora da mesma forma súbita como apareceu. E não deixou nada, nada.

Nunca entendi Joana. Mas hoje me ocorreu que eu já fui Joana...


Eu sempre fui Joana.


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